O Pêndulo Schopenhaueriano




A vida entre a dor e o Tédio

"Vimos na natureza destituída de conhecimento que a essência íntima dela é um esforço interminável, sem fim, sem repouso, o que nos aparece muito mais distintamente na consideração do animal e do homem. Querer e esforçar-se são sua única essência, comparável a uma sede insaciável. A base de todo querer, entretanto, é a necessidade, carência, logo, sofrimento, ao qual consequentemente o homem está destinado originalmente pelo seu ser. Quando lhe falta o objeto do querer, retirado pela rápida e fácil satisfação, assaltam-lhe vazio e tédio aterradores, isto é, seu ser e sua própria existência se tornam um fardo insuportável. Sua vida, portanto, oscila como um pêndulo, para aqui e para acolá, entre dor e o tédio, os quais em realidade são seus componentes básicos. Isso também foi exposto de maneira bastante singular quando se disse que, após o homem ter posto todo sofrimento e tormento no inferno, nada restou para o céu senão o tédio."

Arthur Schopenhauer, em : O Mundo Como Vontade e Representação

Surge a ideia do "pêndulo", a vida humana é um pêndulo entre o desejo, o sofrimento e o tédio.

Implementos da existência

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